quinta-feira, 14 de julho de 2011

Desafios sociológicos

Tendo em vista que a Sociologia está presente em todos os debates produzindo conhecimento, manutenção e transformação social, a mesma continua a ter um profundo valor e significado.

No entanto, pensar a sociologia que nasceu e carrega em si pressupostos históricos que balizam a própria ciência, como é o caso do conceito sociedade no atual momento de profundas e inovadoras mudanças socias, automaticamente requer a reformulação dos princípios que a regem.

É interessante observar esta exigência a partir das novas características da sociedade globalizada em que os fundamentos da sociabilidade humana, o caráter das transformações sociais e as instituções modernas começam a afetar a maneira de conhecer ou de nos conhecermos.

As novas estruturas de poder, o tipo capitalista por causa de suas novas configurações, o virtual, a comunicação, o risco e a reflexibilidade na projeção do desenvolvimento sustentável, reconfiguram esta nova episteme e consequentemente instigam uma nova configuração para a sociologia.

A sociedade mesmo é reconhecida como um sistema então que se auto-observa e se auto-explica, que pela linguagem redefine o ser humano social procurando respostas em suas mais novas e complexas problemáticas.

Assim o papel da ciência e da sociologia é encontrar esta razão libertadora e promotora de uma pensamento crítico e transormador.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sociologia da Família

Ao tomar a família como unidade de análise, a sociologia encarou-a como um grupo social inconfundível face a outros grupos sociais. A família assume formas e funções diferentes conforme o tempo e o espaço em que se situa. Tem variado muito desde meados do século XIX nos contextos de implantação da industrialização, mas foi sobretudo nas últimas três décadas do século XX que mais sofreu mutações nas sociedades industrializadas. A sociologia da família estuda factos tão diferentes como o casamento, sua duração e estabilidade, a escolha do cônjuge, a dimensão da família, a procriação voluntária, os papéis feminino e masculino, as relações de casal, o papel central da criança, o novo estatuto de adolescente, ou as relações de parentesco alargado.
A família tem sido objeto de diferentes abordagens sociológicas, entre as quais a institucional, a estrutural-funcionalista, a marxista e a interaccionista. A abordagem institucional encara a família como a instituição base de toda a sociedade e estuda-a nas funções que desempenha face às outras instituições sociais, políticas, económicas e educativas dessa sociedade. Esta foi a perspetiva que dominou a sociologia clássica do século XIX e início do século XX. Está hoje ultrapassada após as críticas que lhe foram dirigidas de enfatizar os aspetos estáticos e assumir arbitrariamente um modelo familiar nuclear como universal.
A abordagem estrutural-funcionalista acentua, ao contrário da anterior, que a família não deve ser encarada como uma "microssociedade" que incorpora em si as principais funções sociais. Ela corresponde antes a um subsistema social com funções especializadas que são a resposta a um conjunto de expectativas socialmente condicionadas. Essas funções especializadas seriam basicamente a socialização primária dos filhos e a estabilização psicológica do adulto, indispensáveis para a perpetuação da sociedade. A abordagem estrutural-funcionalista define ainda os papéis dentro da família. Este modelo defendido, entre outros, por Talcott Parsons, foi objeto de muitas críticas.
Para a abordagem marxista, a família é sempre produto histórico de cada formação sócio-económica pois as suas formas de solidariedade interna derivam dos tipos de divisão social do trabalho. Assim, a família da sociedade capitalista seria um retrato em miniatura da sociedade de classes, com uma classe (os homens) oprimindo a outra classe (as mulheres) e o casamento seria uma forma de antagonismo de classes em que o bem-estar de uma deriva da repressão de outra.
A abordagem interaccionista interpreta a vida familiar a um nível microssociológico, chamando a atenção para as complexas inter-relações que ligam os seus elementos. Ernest Burgess propôs-se estudar a família como uma unidade de pessoas em interação construindo continuamente as suas relações.


sociologia da família. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-05-06].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$sociologia-da-familia>.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Anotações Filosóficas

Anotações filosóficas diversas...

LINGUAGEM

"Para cada tipo de pensamento existe uma forma de linguagem adequada".

"Para o pensamento abstrato e conceitual, que se afasta do sensível, do individual, a língua se apresenta como condição necessária, por ser um sistema de signos simbólicos que, como já dissemos, nos permite transcender o dado vivido e construir um mundo de ideias".

"... cada língua organiza a realidade de modo diferente de outra, pois estabelece repertório e regras diferentes".

"... a estruturação da língua influencia a percepção da realidade e o nível de abstração e generalização do pensamento".

DO MITO À RAZÃO

Observa-se a concepção mítica do homem nos poemas Homéricos nos séc. XII a VII a.C. Posteriormente no período arcaico vê-se a emergência da consciência racional e várias novidades vão marcar a maneira como o homem se vê. (VIII a.C - VI a.C.)

NOVIDADES QUE TRANSFORMAM A VISÃO QUE O HOMEM TEM DE SI

- A escrita. Confronto de ideias e ampliação da crítica.

- A moeda. Um artifício racional, uma noção abstrata de valor.

- A lei. A organização tribal (Consanguinidade) é abolida. O estabelecimento do ideal igualitário que prepara a democracia crescente.

- A polis. Uma nova noção de justiça com caráter político - todo cidadão tem direito ao poder. Vida social - forma nova.

O QUE É FILOSOFIA:

- O lugar da filosofia é a praça pública, daí a sua vocação política.
- Filosofia é a procura amorosa da verdade.
- A filosofia não é um saber - acabado - um corpo de doutrina.
- A filosofia não se confunde com a ciência. A visão filosófica é uma visão de conjunto.
- Em todos os setores do conhecimento e da ação, a filosofia deve estar presente como reflexão crítica a respeito dos fundamento deste conhecimento e deste agir.
- A filosofia não faz juízos de realidade, como a ciência, mas juízos de valor.

A REFLEXÃO FILOSÓFICA.
A reflexão filosófica é diferente da filosofar espontâneo do homem comum. A reflexão filosófica é:

- Radical. É preciso que se vá até as raízes da questão. Reflexão em profundidade.

- Rigorosa. Deve-se proceder criticamente - segundo métodos determinados, colocando-se em questão as conclusões da sabedoria popular e as generalizações que a ciência pode ensejar.

- De Conjunto. O Problema não pode ser examinado de forma parcial, mas relacionando-se o aspecto em questão com os demais aspectos do contexto em que está inserida.

MÉTODOS FILOSÓFICOS:
- Estruturalismo
- Ironia e Maiêutica
- Dialética
- Lógica - Silogismo
- Intuição - Subjetividade
- Racionalismo - Empirismo
- Criticismo
- Positivismo
- Fenomenológico

A filosofia posiciona-se entre o dogmatismo e o ceticismo. Enquanto o dogmático se apega a certeza de uma doutrina, o cético tanto observa e tanto considera, que conclui pela impossibilidade do conhecimento.

A filosofia é movimento, é a procura da verdade, não a sua posse.

É importante o papel da filosofia como crítica da ideologia, rompendo as estruturas petrificadas que justificam as formas de dominação.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O que é Sociologia

MARTINS. Carlos Benedito. O que é Sociologia. 38°Ed. São Paulo, Brasiliense 1994.
O autor é sociólogo graduado e mestre em Ciências Sociais pela PUC de São Paulo, e doutor em sociologia pela Universidade de Paris. Exerceu durante vários anos a atividade docente na PUC e na UNB.
Entre seus principais livros são: Ensino Pago: Um retrato sem retoque. E organizou  o livro: Ensino Superior Brasileiro: transformações e perspectivas atuais.
A presente obra visa fazer uma reflexão sobre o que seria a sociologia debatendo duas características comuns nessa ciência que é contraditória que é manter a ordem social e modificar a ordem estabelecida, e debate sobre essa relação na dimensão política dessa ciência. E esse escrito se desdobra em três capítulos:
Na Introdução (p. 07 a 09) vai apresentando o que seria a sociologia, e interpreta como um projeto intelectual cheio de lutas e contraditórias, pois ora esta servindo aos interesses das grandes elites, como também pode ajudar na revolução dos grupos mais oprimidos chegarem ao poder. E diz que essa ciência surgiu como uma resposta a questões que a história ignorou e situa essa ciência como um conjunto de conceitos e métodos de investigação para poder explicar a vida social.  E conclui essa primeira parte dizendo que a sociologia é uma tentativa de compreensão das situações sociais existente tanto no meio urbano e rural que teve como motor do seu surgimento a revolução industrial e explica como alguns teóricos dessa ciência produziram teorias que contribuem para manter ou alterar as relações de poder existente na sociedade.
O primeiro capítulo, O Surgimento (p.10-33), diz que o embrião da sociologia iniciou nas manifestações do pensamento moderno que era uma crítica ao pensamento feudal, e essa estava entrado em decadência, e isso mostrava uma profunda mudança da mentalidade européia. Essas revoluções mexeram profundamente no imaginário do povo europeu do século XVIII e reforço a crise com o surgimento da revolução industrial. Em que a máquina ia substituindo pouco a pouco o labor humano, e as conseqüência era um monte de homens e mulheres que ficavam sem poder produzir nada, pois seu trabalho não podia concorrer com a máquina, pois está produzia em larga escala, enquanto o artesão precisa de mais tempo para poder produzir, e assim passando necessidade, pois não podia concorrer com a máquina. Na Inglaterra ocorre a transformação da atividade artesanal para manufaturada, e em seguida para fabril desencadeou um grande êxodo dos camponeses para as grandes cidades urbanas que foram engajadas não somente pelos homens, mas as mulheres e crianças e estes se submetiam a ganhar um salário inferior aos dos homens. Essas cidades tiveram um grande crescimento demográfico que suas estruturas de moradia e saúde não tiveram como acolher esses migrantes que vinham do meio rural. Com isso houve o aumento da prostituição, do alcoolismo, infanticídio, da criminalidade, da violência. Por causa da falta de saneamento houve a proliferação dos surtos de epidemia de tifo e cólera. Não esquecendo que com a revolução industrial surge o capitalista como uma nova classe que emergia. Com essas transformações surgidas na sociedade abre uma possibilidade de analise, ou seja, surgimento de um objeto a ser investigado.  A sociologia constitui em certa medida de uma resposta intelectual diante das novas situações colocada pela revolução industrial. Graças às discussões metodológicas e filosóficas sobre a política com os iluministas abriu possibilidade para que o "homem comum" da sociedade européia não visse mais as instituições sociais com fenômenos sagrados e imutáveis, mas algo que é criação humana passível de transformações. Na concepção dos seus fundadores de um modo especial Comte que chama de física social deveria ser aquela ciência que estuda as leis imutáveis, ou seja, seu pensamento é fazer a sociologia uma ciência aos moldes das ciências físico-naturais. E com a inspiração positivista a sociologia procurou construir uma ciência não somente separado da filosofia, como também da economia e da política como base do conhecimento da realidade social. Com esse debate inicia o desejo de modificar o rumo da civilização para poder alterar o funcionamento da sociedade.
O segundo capítulo, A formação (p.10-33), apesar de muitas críticas feitas à sociologia, não se pode negar que houve um avanço nos resultados alcançados por essa ciência, mas os sociólogos não entraram em consenso sobre o que seria a sociologia, pois isso é reflexo da formação da sociedade em vários grupos sociais. O caráter antagônico da sociedade capitalista impede que se tenha um entendimento em comum da parte dos sociólogos em torno do método e da investigação criou margem para o surgimento de diferentes tradições sociológicas ou diversas visões de sociológicas. Uma dessas visões que influenciou a teoria sociológica foi o pensamento conservador, que queria manter a sua estabilidade social e acentuar sua hierarquia, a reflexão dos conservadores iniciou com o impacto da Revolução Francesa, que esses viam como um castigo de Deus para com a humanidade, e não cansavam de criticar os iluministas por serem responsável em desencadear a Revolução Francesa em 1789. As idéias conservadores se tornaram uma referência para os primeiros sociólogos que estavam interessados em preservar uma nova ordem política, econômica e social na sociedade européia do final do século XIX. Essa idéia influenciou três teóricos da sociologia como Saint-Simon, Auguste Comte e Émile Durkheim. Saint-Simon acreditava que o progresso econômico acabaria com os conflitos sociais por isso era a favor no desenvolvimento da indústria e da produção. Para Comte as idéias iluministas na revolução industrial iriam levar os homens à desunião, no entanto para que isso não ocorra é necessário restabelecer a ordem tanto da idéias como no conhecimento e dessa maneira criando uma crença comum entre os homens. Nesse sentido a filosofia positiva era uma reação clara em oposição à filosofia iluminista, pois o espírito positivista estava preocupado em reorganizar a realidade. A maneira de chegar a esse objetivo é fazer uma reconciliação da ordem com o progresso. Pois a sociologia positivista considerava que a ordem é o ponto de partida para a construção de uma nova sociedade. Já Durkheim também estava preocupado com a ordem social, e discordava das teorias socialistas que explicavam a realidade social somente pelo viés econômico, pois para ele precisava encontra novas idéias morais para guiar as condutas dos indivíduos. Durkheim possuía uma visão positiva da sociedade industrial. Pois a divisão social do trabalho iria provocar uma relação de cooperação de solidariedade entre os homens. Acreditava que todas as ações que um individuo têm não era criado por ele, mas criada por um grupo social que era transmitido de geração em geração, por meio da educação. Já o pensamento socialista, diferente do positivista, não acreditava na bondade da sociedade industrial, e criticava essa sociedade colocando em evidência o antagonismo de classe. A sociologia marxista surge socialismo utópico, a principal critica feita aos socialistas utópicos é que esses apesar de criticar a burguesia não criaram um meio capaz de promover ações radicais para uma mudança profunda na sociedade, segundo a avaliação de Marx e Engels. Pois par Marx a filosofia no século XIX tinha em Hegel como o principal representante e a dialética como o método usado para interpretar a realidade. Marx e Hegel vendo que a sociedade estava passando por profundas transformações graças à revolução industrial, e consideravam esse fenômeno como motor da história dos conflitos sociais. E reinterpretando o método hegeliano aplicaram a dialética como materialismo histórico dialético. Segundo esses teóricos a burguesia tem em suas posses os meios de produção e compram a força de trabalho dos trabalhadores para ganharem mais-valia (lucro) sobre esse trabalho. A sociologia com essa teoria encontrou mais uma vertente de pensamento que se tornara militante e crítico, e dessa maneira desmitificando o pensamento burguês. E outro teórico que contribuiu para a sociologia a ter uma reputação mais cientifica foi o sociólogo alemão Max Weber que fez uma distinção clara entre o conhecimento cientifico e o julgamento da realidade. Pois a busca de uma neutralidade cientifica levou a Weber estabelecer uma rigorosa fronteira entre o cientista e o político. O primeiro é um homem de saber que sistematiza o conhecimento, já o segundo é um homem de ação. A sociologia desenvolvida por Weber considerava o individuo e a sua ação como ponto chave da investigação, por isso que ele colocou o nome de sociologia da compreensão. É a compreensão da ação dos indivíduos, pois não concordava com o pensamento dos conservadores em estuda a sociedade a partir das instituições, mas compreendia que havia necessidade de compreender as intenções e as motivações que os indivíduos têm para viverem as situações sociais. No entanto sua visão sociológica dos tempos modernos desemboca numa apreciação melancólica e pessimista da realidade social. Dessa maneira os clássicos da sociologia independente de suas tendências ideológicas procuram explicar às grandes transformações em que passava a sociedade européia, principalmente as causas provocadas pelo desenvolvimento do capitalismo.
O terceiro capítulo, O desenvolvimento (p.72-98), o desenvolvimento da sociologia teve como pano de fundo a existência da burguesia que apossava dessa nova ciência com o interesse de utilizar os seus aparatos repressivos e ideológicos com o intuito de assegurar sua dominação. A pesquisa dos sociólogos foi incorporada à cultura e a prática das grandes empresas do Estado e dos partidos políticos. Nesse sentido o sociólogo moderno foi absorvido como um novo burocrata do Estado que ajuda na manutenção da ordem. Apesar da burocratização do trabalho intelectual do sociólogo não era essa realidade que prendia a imaginação dos sociólogos. A escola francesa os discípulos de Durkheim buscavam pesquisar sobre as chamadas sociedades primitivas a troca de produtos com um significado diferente de uma simples transação comercial que tinha relação com a moral e o religioso. Já escola alemã ligada a Weber trabalhava na investigação sobre as origens e a natureza do capitalismo moderno. Durante esse período vários sociólogos tentaram identificar diferentes tipos de relações sociais que se manifestavam na sociedade de acordo com tempo e lugar. Na década de 30 surge uma nova escola sociológica nos EUA na Universidade de Chicago. Esses sociólogos estudavam o estilo de vida do meio urbano dessa época, pois o grande crescimento populacional estava surgindo novos problemas sociais que ainda não eram visto nos EUA. Outra escola que ajudo na analise crítica da sociedade capitalista foi a escola de Frankfurt, apoiada em uma vertente marxista analisavam a indústria cultural. E o autor conclui dizendo que o sociólogo deve se libertar das amarras do poder burguês e trabalhar para ser um instrumento de transformação social.
A leitura da obra é um subsidio importante para todos os professores de sociologia que ministram aula no ensino médio e graduandos (as) do curso de Ciências.
No plano estrutural do texto o autor utiliza o método histórico dialético para descrever o surgimento da sociologia pegando dados históricos e teorias sociológicas para defender a idéia que a sociologia é uma ciência com diversas possibilidades dependendo da visão ideológica do pesquisador das ciências sociais. E o autor defende a idéia marxista  de como os sociólogos devem interpretar a realidade.
A linguagem do autor é simples e acessível para qualquer estudante que pretende pesquisa sobre o conceito de sociologia.
Assim, a obra é uma leitura importante para todos os estudantes de Ciências Sociais como todos os sociólogos como também os estudantes do ensino médio que tem a disciplina sociologia na grade curricular. Tem uma visão marxista do que deveria ser o sociólogo que tenta fugir das estruturas, e que abre possibilidade para a construção de uma nova sociedade, no entanto a única limitação do livro é que o autor vê o surgimento da sociologia segundo o viés marxista e limita um pouco a apresentação dos conteúdos defendidos pelas outras vertentes da sociologia. Tirando essa limitação o livro é de uma grande valia para o estudo sobre o estudo da sociologia.

Sociologia

A Sociologia é uma das ciências humanas que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela psicologia, a Sociologia tem uma base teórico-metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais, tentando explicá-los, analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.

Os resultados da pesquisa sociológica não são de interesse apenas de sociólogos. Cobrindo todas as áreas do convívio humano — desde as relações na família até a organização das grandes empresas, o papel da política na sociedade ou o comportamento religioso —, a Sociologia pode vir a interessar, em diferentes graus de intensidade, a diversas outras áreas do saber. Entretanto, o maior interessado na produção e sistematização do conhecimento sociológico atualmente é o Estado, normalmente o principal financiador da pesquisa desta disciplina científica.

Assim como toda ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. Ainda que esta tarefa não seja objetivamente alcançável, é tarefa da Sociologia transformar as malhas da rede com a qual a ela capta a realidade social cada vez mais estreitas. Por essa razão, o conhecimento sociológico, através dos seus conceitos, teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, conseqüentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais.

A Sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das observações do que é repetitivo nas relações sociais para daí formular generalizações teóricas; e também se interessa por eventos únicos sujeitos à inferência sociológica (como, por exemplo, o surgimento do capitalismo ou a gênese do Estado Moderno), procurando explicá-los no seu significado e importância singulares.

Ainda que a Sociologia tenha emergido em grande parte da convicção de Comte de que ela eventualmente suprimiria todas as outras áreas do conhecimento científico, hoje ela é mais uma entre as ciências.

Atualmente, ela estuda organizações humanas, instituições sociais e suas interações sociais, aplicando mormente o método comparativo. Esta disciplina tem se concentrado particularmente em organizações complexas de sociedades industriais.

Ao contrário das explicações filosóficas das relações sociais, as explicações da Sociologia não partem simplesmente da especulação de gabinete, baseada, quando muito, na observação casual de alguns fatos. Muitos dos teóricos que almejavam conferir à sociologia o estatuto de ciência, buscaram nas ciências naturais as bases de sua metodologia já mais avançada, e as discussões epistemológicas mais desenvolvidas. Dessa forma foram empregados métodos estatísticos, a observação empírica, e um ceticismo metodológico a fim de extirpar os elementos "incontroláveis" e "dóxicos" recorrentes numa ciência ainda muito nova e dada a grandes elucubrações. Uma das primeiras e grandes preocupações para com a sociologia foi eliminar juízos de valor feitos em seu nome. Diferentemente da ética, que visa discernir entre bem e mal, a ciência se presta à explicação e à compreensão dos fenômenos, sejam estes naturais ou sociais.

Como ciência, a Sociologia tem de obedecer aos mesmos princípios gerais válidos para todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades dos fenômenos sociais quando comparados com os fenômenos de natureza e, conseqüentemente, da abordagem científica da sociedade. Tais peculiaridades, no entanto, foram e continuam sendo o foco de muitas discussões, ora tentando aproximar as ciências, ora afastando-as e, até mesmo, negando às humanas tal estatuto com base na inviabilidade de qualquer controle dos dados tipicamente humanos, considerados por muitos, imprevisíveis e impassíveis de uma análise objetiva.

A Sociologia, em vista do tipo de conhecimento que produz, pode servir a diferentes tipos de interesses.

A produção sociológica pode estar voltada para engendrar uma forma de conhecimento comprometida com emancipação humana. Ela pode ser um tipo de conhecimento orientado no sentido promoção do melhor entendimento dos homens acerca de si mesmos, para alcançar maiores patamares de liberdades políticas e de bem-estar social.

Por outro lado, a Sociologia pode ser orientada como uma 'ciência da ordem', isto é, seus resultados podem ser utilizados com vistas à melhoria dos mecanismos de dominação por parte do Estado ou de grupos minoritários, sejam eles empresas privadas ou Centrais de Inteligência, à revelia dos interesses e valores da comunidade democrática com vistas a manter o status quo.

As formas como a Sociologia pode ser uma 'ciência da ordem' são diversas. Ela pode partir desde a perspectiva do sociólogo individual, submetend

Fonte(s):

sábado, 8 de janeiro de 2011

Como fazer citações da internet

COMO FAZER CITAÇÕES DA INTERNET
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Este texto tem o objetivo de orientá-lo a fazer referências de citações retiradas da Internet. Se você deseja saber, também, como fazer citações, clique Aqui!
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O vocábulo comédia vem do "Grego komodia, que derivou de kômos (= festim popular), ou de komas (= aldeia), pois, segundo Aristóteles, os comediantes tiravam seu nome de "andarem os atores de aldeia em aldeia, por não serem prezados na cidade" (Aristóteles, Poética, tr. De Paulo Costa Galvão, s.d., p.1448. Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/2172890> Acesso em: 09 outubro 2009).
"As personagens planas, normalmente, são caracterizadas como tipoou caricatural." (BRAIT, Beth. A Personagem. São Paulo, 1985.<http://groups-beta.google.com/group/digitalsource>. Acesso em: 19 outubro 2009).
Observação: a indicação do endereço eletrônico e da data de acesso pode ser colocada em nota de rodapé, e não na própria referência:
O vocábulo comédia vem do "Grego komodia, que derivou de kômos (= festim popular), ou de komas (= aldeia), pois, segundo Aristóteles, os comediantes tiravam seu nome de "andarem os atores de aldeia em aldeia, por não serem prezados na cidade" (Aristóteles, Poética, tr. De Paulo Costa Galvão, s.d., p.1448.)¹
Lá no rodapé:
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1 Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/2172890> Acesso em: 09 outubro 2009
2ª. Quando o artigo ou texto retirado da internet, nunca foi publicado em papel (ou quando não se conhece se foi ou não publicado) a referência se realiza pelo nome do autor, o título, o endereço eletrônico(entre os sinais < >), precedido da expressão [em:] e a data de acesso(dia, mês e ano). Exemplo:
(SÉRGIO, Ricardo. Como Fazer Citações. Em: <http://recantodasletras.uol. com.br/teorialiteraria/638805>. Acesso em: 09 outubro 2009.)
3ª. Algumas vezes, os autores não são citados, mas os textos e artigos estão vinculados ao "site" responsável pela informação ali apresentadas. Dessa forma, a referência da citação é feita com o endereço do "site":
(Em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Cita%C3%A7%C3%A>. Acesso em: 09 outubro 2009.) ®Sérgio. - www.ricardosergio.net
Acesso em: 08/01/2011

Como fazer citações

COMO FAZER CITAÇÕES
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Suponha que você esteja fazendo um trabalho literário, e necessite do trecho de uma obra pesquisada para comprovar, dar credibilidade a sua afirmação, ou melhor, ao seu trabalho. Neste caso você terá de recorrer à citação. Portanto, a citação seria: trechos de textos consultados, considerados relevantes para a elaboração de um trabalho textual, e que colaboram com as idéias do pesquisador.
Segundo a ABNT (2002), as citações são classificadas em três tipos:Citação Direta; Citação Indireta e Citação de Citação.
1. CITAÇÃO DIRETA - é a transcrição ou a cópia, no corpo do seu trabalho, de um texto, um parágrafo, uma frase ou uma expressão, usando exatamente as mesmas palavras usadas pelo autor da obra pesquisada.
1.1. Citação Direta de Até Três Linhas – deve ser inserida no parágrafo, entre aspas duplas. Há duas maneiras possíveis:
1ª. Trazemos o autor para o corpo do trabalho, empregando termos como: segundo, de acordo com, afirma, relata, conceitua, descreve etc., seguido do nome e sobrenome do autor, e, entre parênteses a data da obra consultada, vírgula, e o número da página consultada:
O rondel compõe-se de duas quadras e de uma quintilha. Segundo Manoel do Carmo (1919, p.215), "presta-se o rondel aos conceitos galantes e madrigalescos, às gentilezas amorosas e aos sentimentos delicados".
 Lá na bibliografia:
CARMO, Manoel do. Consolidação das Leis do Verso, São PauloDuprat, 1919, p.215.
2ª. Trazemos a citação para o corpo do trabalho, e informamos ao final da citação (entre parênteses) o autor, a data e a página, estes virgulados. Veja o exemplo:
"Presta-se o rondel aos conceitos galantes e madrigalescos, às gentilezas amorosas e aos sentimentos delicados." (Manoel do Carmo, 1919, p.215).
 Na bibliografia idem a 1ª.
Observações:
1ª. Havendo mais de um autor, observam-se os mesmos procedimentos, apenas ressaltando o nome dos autores na ordem em que aparecem na obra consultada.
2ª. Não precisamos atribuir crédito a informações contidas em enciclopédias, dicionários e informações históricas de conhecimento comum.
1.2. Citação até Três Linhas pelo Sistema Numérico - nesse sistema, a fonte da qual foi extraída a citação é indicada em nota de rodapé, no final da página, ou do artigo. A numeração no texto da citação deve ser feita de maneira única e consecutiva para todo o trabalho ou para cada capítulo. Deve ser feita, de preferência, com os números situados um pouco acima da linha de texto (sobrescrito) e ao final da citação. As outras opções são: colocar o número entre parênteses (1) ou entre colchetes [1].
A indicação dos dados, no rodapé, deverá estar situada na margem inferior da página, separadas do texto por um traço contínuo (3 cm, no máximo) a partir da margem esquerda. As notas devem ser digitadas dentro das margens do texto, com a mesma fonte, porém em tamanho menor:
Sobre a oração principal, ratificamos as palavras do professor Celso Cunha: "Tal classificação tem o inconveniente de se basear em dois critérios; ou melhor, de fazer predominar o critério semântico sobre o sintático”¹. ou: sintático" (1) [1].
Lá no rodapé:
_________________
¹ CUNHA, Celso. Gramática do Português Contemporâneo, São Paulo, Cultrix, 1970, p. 401.
Quando várias notas de rodapé se referem a uma mesma obra e mesmo autor, a partir da segunda nota, deve ser usada a expressão [idem], ou sua abreviação [id.] (= mesmo autor) e [ibidem] (= mesma obra). A expressão [idem] substitui só o autor e não as diferentes obras. Outra maneira de não repetir a referência da obra é usar [op.cit.], que é abreviação de opus citatum, (= obra citada).
_______________
2 Idem, Ibidem, p. 190.
3 Idem, op. cit., p. 190.
A utilização desse sistema não dispensa a apresentação da lista de referências bibliográficas ao final do trabalho.
1.3. Citação com mais de Três Linhas – deve ser destacada, pulando-se uma linha para iniciar a transcrição da citação, com recuo maior da margem esquerda, com tamanho da fonte menor que a utilizada no texto, sem aspas e crédito(s) do(s) autor(res) ao final da citação. Para reiniciar o texto normal, pula-se outra linha:
É assim que podemos acompanhar Henry Edmond ao longo de toda a sua vida e que Hamlet poucas horas passará conosco. Em um dia de leitura podemos viver anos e anos da existência das personagens de uma ficção. Nas poucas horas que dura uma tragédia, pouco mais viveremos que os derradeiros momentos do herói. (SIMÕES, João Gaspar. Ensaio sobre a Criação no Romance, Rio, 1944, p.14)
1.4. Citação com Trechos Omitidos - trechos dispensáveis ao entendimento da citação podem ser omitidos, desde que não alterem o argumento do autor; para isso utilizamos colchetes e reticências [...] a fim de indicar a omissão. Do mesmo modo, se a supressão ocorrer no início ou no final da citação:
"Em suma, constituem diversos momentos do movimento dramático[...] fases de ação, são eles mesmos ações". (SIMÕES, João Gaspar.Ensaio sobre a Criação no Romance, Rio, 1944, p. 393)
2. CITAÇÃO INDIRETA - É a transcrição livre do texto, isto é, usamos nossas próprias palavras para expor a idéia do autor. Podemos, ainda, se o trecho for muito longo, interpretar a idéia do autor e fazermos uma síntese.
Nesse tipo de citação, não se utiliza as aspas; mas o autor, a fonte e a data de publicação devem ser citados. Não é obrigatório colocar o número de páginas, mas se o fizer deve repetir em todas as outras citações:
Como lembra Martins (1984), o futuro desenvolvimento da informação está cada dia mais dependente de um plano unificado de normalização.
3. INFORMAÇÕES ADICIONAIS
1ª. No caso de citações de periódicos informamos o sobrenome e o nome do autor. O título do artigo e o subtítulo (se houver). O nome da revista ou jornal, local, volume, número páginas, mês abreviado e ano:
MURICI, Andrade. Letras e Artes, Suplemento Literário de A Manhã,Rio, p. 6, 20-7-1952.
2ª. Acréscimos e/ou comentários, quando necessários à compreensão de algo dentro da citação, aparecem entre colchetes [*]:
 "Enok [considerado o rei do besteirol] divulgou sua mais recente obra [de humor] na livraria..."
3ª. Para se destacar palavra, frases, em uma citação, usa-se o grifo em negrito ou itálico; havendo, porém, a necessidade se colocar ao final da citação, a expressão (grifo nosso), [grifo nosso] ou (grifo do autor), [grifo do autor]:
Ela diz que contraiu o vírus através de uma transfusão, em uma entrevista coletiva. [grifo meu]
4ª. Quando se tratar de dados obtidos através de informação verbal (palestras, debates, comunicações, etc.), indicar entre parênteses a expressão "informação verbal", mencionando-se os dados disponíveis somente em nota de rodapé:
No texto: A Biblioteca Setorial de Educação informa que está revisando as orientações para elaboração de trabalhos acadêmicos (informação verbal).1
Em rodapé:
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1 Informe repassado pela bibliotecária responsável aos usuários da biblioteca...®Sérgio.

Acesso em: 08/01/2011

Expressões latinas usadas em citações

EXPRESSÕES LATINAS USADAS EM CITAÇÕES
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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em relação às expressões usadas em notas de rodapé, esclarece que:
a) A primeira citação deve apresentar a referência completa.
b) As referências subsequentes podem ser apresentadas por meio das expressões latinas, evitando, assim, as repetições de fontes citadas anteriormente.

USADAS NO TEXTO E EM NOTAS DE RODAPÉ
1. Apud (= citado por, segundo) - Usamos quando não nos é possível o acesso a obra original , mas encontramos referências dela na obra de outro autor ao qual tivemos acesso. Apud é a única expressão latina que pode ser usada tanto no texto quanto em notas de rodapé.
• No texto:
Segundo Enok (1990, apud MENEZES, 2001, p. 33): "A dimensão biográfica do romance, não se esgota nos conflitos psicológicos”.
• Em rodapé:
_______________________________
¹ Enok ,1990, apud MENEZES, 2001, p. 33.
² EVANS, 1987, apud SAGE, 1992, p. 2-3.
USADAS SOMENTE EM NOTAS DE RODAPÉ
1. Idem ou Id. (= do mesmo autor) - indica o mesmo autor da obra citada pouco antes. Assim, a citação só pode ser feita na mesma página ou folha da anterior:
_______________________
¹ CASCUDO, Luís da Câmara.  Contos tradicionais do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 1985.
² Idem. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: INL, 1954.
2. Ibidem ou Ibid. (mesma obra) - indica que a citação pertence à mesma obra citada anteriormente. Use quando fizer várias citações de uma mesma obra, variando apenas a paginação. Aqui também a citação só pode ser feita na mesma página ou folha da citação anterior:
_______________________
¹ CASCUDO, Luís da Câmara.  Contos tradicionais do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 1985. pp. 106 - 107
² CASCUDO, Luís da Câmara, Ibidem, p.117
³ Idem, Ibidem, p.136
3. Opus citatum ou op. cit. (obra citada) - indica que a citação é referente a uma obra já citada na mesma página ou folha, porém não imediatamente posterior a essa citação. Também só pode ser feita na mesma página ou folha da citação a que se refere:
__________________________
¹ MAGALHÃES, Basílio de.  O folclore no Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1939.
² CASCUDO, Luís da Câmara.  Contos tradicionais do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 1985. pp. 106 - 107
³ MAGALHÃES, op. Cit., pp.119-125
4. Sequentia ou et seq. (que se segue) – utilizamos quando não queremos mencionar todas as páginas ou folhas da obra consultada e citada. Indica-se a primeira página, seguida da expressão [et seq.]:
__________________________
¹ CASCUDO, Luís da Câmara.  Contos tradicionais do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 1985. pp. 106 - 107
² MAGALHÃES, Basílio de.  O folclore no Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1939.
³ CASCUDO, op. Cit., p.120 et seq.
5. Confronte, Confira ou Cf. - quando recomendamos a consulta de outra obra ou nota do texto:
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5 Cf. LIMA, Hermes, Variações sobre o conto. Rio de Janeiro: Cultrix, 1992. p. 12.
6 Cf. nota 1 deste capítulo.
7 Cf. na bibliografia final, as obras citadas de Fernando Goes e Manuel Bandeira.
Observações:
• cf. infra – recomenda a consulta de linhas ou páginas adiante ou abaixo.
• cf. supra - recomenda a consulta linhas ou páginas anteriores ou acima.
• V. (= ver, veja), tem a mesma conotação de confira e é muito usado em notas de rodapé:
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¹ V. o excelente ensaio de Flávio Motta, Contribuição ao Estudo do “Art Nouveau” no Brasil, tese universitária, USP, 1967.
6. Loco citato ou Loc. cit. (= no lugar citado) - usamos para designar a mesma página ou folha de uma obra já citada anteriormente, sem haver a necessidade de que a obra esteja na referência imediatamente anterior. Dessa maneira, a citação só pode efetuada na mesma página ou folha da citação a que se refere.
_____________________________________
¹ MAGALHÃES, Basílio de.  O folclore no Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1939.
² CASCUDO, Luís da Câmara.  Contos tradicionais do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 1985. pp. 106 – 107
³ MAGALHÃES, Ibidem, p.117
4 CASCUDO, 1939, loc. cit.
7. Passim (= aqui e ali, em vários trechos). Usamos para indicar as várias páginas de onde foram retiradas as ideias do autor, sem citá-las uma a uma:
_______________________
¹ Andrade Murici, 1987, passim.
8. Et al. (= e outros) - utilizamos na indicação de citação com mais de três autores:
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¹ Andrade Murici, Massaud Moisés, Flávio Costa, et al, in Letras e Artes, Suplemento Literário de A Manhã, Rio, 20-7-1952.
OUTRAS EXPRESSÕES USADAS EM NOTAS DE RODAPÉ
ca. (= aproximadamente) - usado para datas.
Exempli gratia ou e.g. (= por exemplo).
i.e. (= isto é).
il. ou ilust. (= ilustrado ou ilustrações).
in (= em) – costuma-se usar tanto [in] como [em]: COSTA, Flávio. in Letras e Artes [...].
infra (= abaixo).
s.d. (= sem data): OBRY, Olga. O teatro na Escola. São Paulo: Melhoramentos, s.d.
s.l. (sine loco) = sem local: LESKI, Albin. A tragédia Grega. s.l.: Perspectiva, s.d.
s.n. (sine nomine) = sem editora: LEITE, Luiza Barreto. Teatro e Criatividade.Rio de Janeiro: s.n., 1975.
v.o. (= ver original). 

Acesso em: 08/01/2011
www.ricardosergio.net
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