quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sociologia

A SOCIOLOGIA

Sociologia é a ciência que tem como objeto de estudo, basicamente, os fatos sociais, suas origens, sua motivação, suas conseqüências e as possíveis formas de intervenção.

Fatos sociais ocorrem a todo momento. Alguns fazem parte do cotidiano de uma cultura e outros provocam mudanças tão profundas no comportamento social que marcam uma época.

A expansão marítima; a reforma protestante; a formação de estados nacionais; as grandes navegações e o desenvolvimento científico e tecnológico são fatos sociais marcantes e que provocaram e ainda provocam mudanças profundas no comportamento de toda uma sociedade.

O termo SOCIOLOGIA foi criado por Augusto Comte, na metade do século XIX, preocupado em desenvolver uma ciência que considerava fundamental e básica para o entendimento da humanidade e do mundo. Todas as demais ciências passariam a constituir partes da ciência máxima e fundamental, que seria a sociologia.

Comte a dividiu em dois grandes ramos: a) estudo da ordem social; b) estudo do progresso social.

Na realidade Comte pretendia utilizar o termo “Física Social”, que ele já havia utilizado em sua obra “Plan des travaux nécessaires pour réorganiser la société”. Quetelet, entretanto, usou o termo em 1869 para assim designar os estudos estatísticos aproximados dos fenômenos sociais.

Sociologia é, então, a ciência dos fenômenos sociais e para seu estudo se utiliza de métodos diversos, entre eles: a) método histórico; b) método comparativo; c) método estatístico. O método estatístico confunde-se um pouco com a sociometria, que é a ciência utilizada para medir matematicamente os fenômenos sociais.

Outro ponto importante a ser levantado na sociologia é a validade ou não da interferência do filósofo no processo social estudado, de forma a modificá-lo de acordo com a sua idéia de ideal sociológico.

Grande parte dos filósofos da antigüidade praticamente abandonaram a análise neutra da realidade social, insistindo em falar sobre a forma que consideravam ideal para aquele momento social.

Em “República”, Platão insiste em impingir sua idéia de ideal social, assim como Tomás Morus em “Utopia”, Campanela em “Cidade do Sol”, e Santo Agostinho em “Cidade de Deus”.

Embora todas essas obras sejam consideradas valiosas para o estudo da Sociologia devemos levar em consideração que elas versam sobre o ideal social pensado e apresentado pelos seus autores.

Em “República”, por exemplo, os comentários feitos por Platão sobre a interdependência e divisão das funções sociais são valiosíssimos até hoje.

O método comparativo, cuja eficácia é até hoje evidente, foi apresentado de forma pioneira por Aristóteles em suas obras “Política” e em “Constituição de Atenas”. Nessas obras Aristóteles analisa as organizações sociais das cidades antigas e elabora estudos sobre a ordem social.

Entre suas idéias, Aristóteles reconhece a família como grupo social básico e elementar e afirma que o homem é um animal político, destinado a viver em sociedade. Outra característica encontrada em Aristóteles é o conceito de sociedade como ser vivo, sujeito às mesmas leis que regem o Ser Humano: nascimento, crescimento e morte.

Outras contribuições decisivas para o estudo social foi a trazida pelos romanos, com suas análises e definições de instituições como família, matrimônio, propriedade, posse, contrato e outras, feitas pelos jurisconsultos romanos Caio, Paulo, Sabino, Labão, Juliano, Pompônio, Papiniano e Ulpiano.

Fonte: http://iupe.webnode.com/products/a-sociologia/
Acesso em: 23/12/2010

Sociologia das Organizações

Sociologia 

Objetivo da Sociologia das Organizações: 

Para o Sociólogo: 

A Sociologia das Organizações, no que diz respeito a essas organizações e a sociedade, vem tentando estabelecer uma teoria sistemática das alterações comportamentais da sociedade que interfiram direta ou indiretamente no desempenho, no sucesso, no fracasso ou na sobrevida das organizações. 

Para o Administrador: 

Facilitar o entendimento do comportamento das organizações e dos grupos sociais internos e externos, permitindo o desenvolvimento de projetos interferentes que resultem numa melhoria de seu desempenho e na garantia de seu sucesso. 

Ferramentas para o estudo 

1) técnicas de observação da performance das organizações em resposta às mudanças comportamentais da sociedade e, principalmente, observação das mudanças comportamentais da sociedade provocadas pela performance das organizações 

2) técnicas de entrevista de amostragem social externa à organização, assim como de amostragem social interna à organização 

3) técnicas de experimentação e sociométricas, onde se pretende realizar observações analíticas mais precisas da relação organização - sociedade 

4) técnicas estatísticas, revelando o resultado gráfico-matemático dessas relações 

Metas principais da Sociologia das Organizações: 

As metas principais da SOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES são o estudo, a análise e a criação de fundamentação teórica relacionados ao: 

1) Comportamento da empresa - análise - previsibilidade - criação de métodos 

2) Comportamento do público interno individualmente e em grupo - análise - previsibilidade - influência no comportamento da empresa 

3) Comportamento do público externo individualmente e em grupo - análise - previsibilidade - influência no comportamento da empresa 

4) Influência do comportamento de uma empresa em outra 

5) Influência do comportamento da empresa no público externo e interno 

Alguns enfoques básicos a serem seguidos: 

1) O Ser Humano e seu intelecto - Tudo está relacionado à evolução do intelecto humano 

2) A organização Mundial e suas conseqüências - Fronteiras nacionais X capital X empresas transnacionais X globalização 

3) O trabalho 

4) O caráter humano e a influência na organização 

5) A racionalidade e irracionalidade comportamental 

Noções preliminares de Sociologia das Organizações: 

Dentre as centenas de definições para a ciência sociológica das organizações, escolhemos uma das mais simples, que é: a forma de conhecer e de pensar a natureza e a sociedade segundo o enfoque organizacional. 

O objeto de estudo da sociologia das organizações são os fatos sociais que interferem nas organizações ou os fatos sociais que sofrem influência das próprias organizações oui de seu comportamento. 

O termo sociologia foi criado por Augusto Comte (sec XIX) que, em seu estudo, definiu duas vertentes principais: 

a) estudo da ordem social 

b) estudo do progresso social 

O método utilizado pela ciência sociológica não pode deixar de ser outro que não o histórico, o comparativo e o estatístico. A sociometria, cuja finalidade é o exercício da medida matemática dos fenômenos sociais, está sofrendo uma radical alteração em seus parâmetros, devido ou a mudança da previsibilidade comportamental dos conjuntos sociais ou a constatação de sua verdadeira complexidade.

Fonte: http://iupe.webnode.com/sociologia/
Acesso em: 23/12/2010

Sociologia Weberiana

SOCIOLOGIA DA ORGANIZAÇÃO

Max Weber e a Burocracia


Suas teorias não se identificam com nenhuma corrente de pensamento da época nem se encontram perfeitamente sistematizadas em uma grande obra. Seu pensamento é uma síntese da tradição científica e filosófica da Alemanha moderna resgatando o melhor da metodologia e dos conceitos já formulados para propor uma ciência social em que os múltiplos fatores se encontram relacionados e se explicam reciprocamente.

Sociologia Compreensiva
Max Weber é o maior representante da chamada Sociologia Compreensiva.


- Sociologia Compreensiva: só se tem acesso aos fenômenos socioculturais por meio de procedimentos metodológicos diversos daqueles usados nas Ciências Físico-Naturais e na Matemática.

- Cultura: a “compreensão” é o único meio de ingresso no reino da cultura.

- Compreensão: captação interpretativa do sentido ou conexão de sentido.

- Conhecimento Sociológico: O conhecimento sociológico é o conhecimento da compreensão, isto é, de dentro para fora.

Esse sentido pode estar concebido ou na ação particular, ou no pensado de modo aproximado, ou no construído cientificamente pelo método tipológico quando se elabora um tipo ideal puro de um fenômeno freqüente.

Método Tipológico
Max Weber foi o pioneiro do "método tipológico”, pela análise da ação social e dos estudos sobre Sociologia da Religião.


- Método tipológico: construção de um arquétipo de ação social, levando em consideração ações históricas que, em sua pureza, não existe na realidade.

- Método dos tipos ideais: classificar e comparar fatos sociais produzidos em uma mesma sociedade, em sociedades do mesmo tipo ou em sociedades de tipos diferentes, para descobrir seus traços comuns, de modo a estabelecer os tipos ideais puros das ações sociais, com suas regularidades, tendências, fatores e efeitos sociais.

- Ideal puro: abstração, construída pela ciência, tendo por base fatos individuais que ocorrem na realidade social, levando em conta seus caracteres fundamentais, tornados típicos pela generalização (regra geral do acontecer).

A utilização desses “tipos ideais” alargou os horizontes da sociologia.

Sociologia: “Ciência que pretende entender, interpretando-a, a ação social, para dessa maneira explicá-la causalmente.”

Ação Social


Ação Social: ação que se dirige a outros indivíduos. “É ação em que o sentido subjetivo do sujeito ou sujeitos está referido à conduta de outros, orientando-se por esta em seu desenvolvimento”.

Sentido: elemento interno, imaterial, da ação, deve ser pesquisado em primeiro lugar. Pode ser o “sentido médio de uma massa de casos” ou então o construído pela inteligência e generalizado em um tipo ideal com atores ideais. Não deve ser confundido com o sentido objetivamente justo ou com o sentido verdadeiro, metafisicamente fundado.

- Captação do Sentido da Ação: para a Sociologia captar esse sentido da ação, segundo Weber, o sociólogo deve reviver ou reconstruir, em sua mente, a ação social dos outros, só assim alcançando a sua compreensão.



Ações da vida social


- Ação tradicional: processa-se de acordo com as tradições seculares, com usos e costumes sagrados.

- Ação carismática: inova e inobserva tradições. Funda-se na crença de ser seu autor dotado de poderes sobre-humanos e sobrenaturais que agem, livremente, sem fazer caso de normas estabelecidas ou de tradições, estabelecendo novas normas e criando tradições.

- Ação afetiva: orientada pelas emoções e sentimentos.

- Ação social racional: causal ou logicamente compatível com os fins propostos.



Ação Política
A finalidade ideal da ação política é a instituição é a perpetuação do poder.

Para a instituição e a perpetuação do poder a ação política exerce três tipos de dominação que precisam ser legitimados. Essa legitimação é realizada das seguintes formas:

Tipos ideais de dominação:


- Dominação carismática: legitimada pela fé e pelas qualidades sobrenaturais do chefe

- Dominação tradicional: legitimada pela crença sacrossanta na tradição

- Dominação legal: legitimada pelas leis a partir dos costumes e tornado possível pela burocracia, trazendo a especialização e a organização racional e legal das funções



Determinismo Econômico (Marx) X Determinismo Recíproco (Weber)

Max Weber critica o determinismo econômico de Karl Marx, preferindo a interação da estrutura econômica com as formas de consciência social. Ele procura demonstrar que em algumas sociedades a superestrutura ideológica está subordinada a sistemas econômicos enquanto que em outras ocorre o inverso, ou seja: o determinismo é recíproco.

O capitalismo, segundo Weber, é um sistema econômico possibilitado pela posição religiosa protestante, quando foi criada uma ética partidária da livre interpretação dos textos sagrados, liberando o lucro e o juro do conceito pecaminoso difundido pela ética católica.



Dualismo Racionalismo - Irracionalismo
A Sociologia Weberiana caracteriza-se por um dualismo racionalismo – irracionalismo.


- Racionalismo: rotina social; estabilidade; tradição; legalidade; continuidade; espírito científico e pragmático do ocidente, sacrificando a espontaneidade da vida aos cálculos e à seleção dos meios, para serem atingidos fins previamente escolhidos.

- Irracionalismo: crenças; mitos; sentimentos; ação carismática.



A Probabilidade

Weber procurou mostrar que existe um coeficiente de indeterminação ou imprevisibilidade no processo social, usando os conceitos de probabilidade. Ela desempenha o papel da causalidade e da lei em outros sistemas sociológicos. Dados certos elementos há probabilidade, e não certeza, de que o processo social desenvolver-se-á de determinada maneira. Ou seja: no reino do social não há certezas, mas probabilidades.



Burocracia

Os principais elementos da estrutura burocrática são:

1) Atividades normais = deveres formais: todas as atividades normais necessárias às organizações transformam-se em deveres totalmente formais, exigindo a cada dia uma especialização maior assim como a maior responsabilidade de cada elemento na execução da sua tarefa.

2) Organização hierárquica de cargos: todos os cargos são organizados de acordo com princípios hierárquicos, aparecendo diferentes níveis de "status" e diferenciação de "papéis". Todos os cargos trazem junto um determinado grau de responsabilidade e de autoridade. Cada elemento assume a responsabilidade, perante seus superiores hierárquicos, pelas suas ações e decisões e também pelas de seus subordinados. A autoridade de cada um se restringe às funções para as quais foi designado.

3) Definição de responsabilidade e de formas de interação: A responsabilidade de cada membro e a própria interação entre eles é pré-determinada por normas e regras que visam tornar o serviço burocrático necessariamente simples e rotineiro. Isso assegura a realização uniforme de todas as tarefas independente do número de funcionários nela contidos.

4) Cargos = subsistemas abertos: os cargos, nas organizações burocráticas, passam a ser subsistemas abertos tecnicamente, eliminando a antiga figura do "imprescindível e insubstituível". Em contrapartida houve a necessidade de proteção do funcionário contra arbitrariedades, o que passou a ser feito pelas legislações trabalhistas.

5) Eficiência da Burocracia: tecnicamente as organizações burocráticas realmente puras tendem a alcançar um alto grau de eficiência, o que pode ser exemplificado pelas:


- Organizações militares
- Organizações religiosas
- Organizações hospitalares

Fonte: http://www.iupe.org.br/ass/sociologia/soc-weber.htm
Acesso em: 23/12/2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Anomia


Anomia

ANOMIA

Situação anômica. Situação na qual há divergências ou conflitos sociais, tornando difícil o respeito às normas por parte do indivíduo (FGV-OnLine).

domingo, 19 de dezembro de 2010

Imaginação Sociológica

IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA. O trabalho sociológico depende daquilo que o autor norte-americano C. Wright Mills, numa frase, chamou de imaginação sociológica. A imaginação sociológica, acima de tudo, exige de nós que pensemos fora das rotinas familiares de nossas vidas cotidianas, a fim de que as observemos de modo renovado.


[...] A imaginação sociológica nos permite ver que muitos eventos que parecem dizer respeito somente ao indivíduo, na verdade, refletem questões mais amplas. [...] Tente aplicar esse tipo de perspectiva à sua própria vida. Não é necessário pensar apenas em acontecimentos preocupantes. Considere, por exemplo, por que você está virando as páginas deste livro (ou lendo neste blog) - por que você decidiu estudar sociologia. Você pode ser um estudante de sociologia relutante, fazendo o curso somente para preencher créditos exigidos. Ou você pode estar entusiasmado para descobrir mais sobre o assunto. Quaisquer que sejam as suas motivações, você provavelmente tem muito em comum, sem saber necessariamente, com outros que estudam sociologia. Sua decisão individual reflete sua posição numa sociedade mais vasta. (GIDDENS)

“A imaginação sociológica capacita seu possuidor a compreender o cenário histórico mais amplo, em termos de seu significado para a vida intima e para a carreira exterior de numerosos indivíduos. Permite-lhe levar em conta como os indivíduos, na agitação de sua experiência diária, adquirem freqüentemente uma consciência falsa de suas posições sociais. Dentro dessa agitação, busca-se a estrutura da sociedade moderna e dentro dessa estrutura são formuladas as psicologias de diferentes homens e mulheres. Através disso, a ansiedade pessoal dos indivíduos é focalizada sobre fatos explícitos e a indiferença do público se transforma em participação nas questões públicas.
O primeiro fruto dessa imaginação e a primeira lição da ciência social que incorpora é a idéia de que o individuo só pode compreender sua própria experiência e avaliar seu próprio destino localizando-se dentro de seu período; só pode conhecer suas possibilidades na vida tornando-se cônscio das possibilidades de todas as pessoas, nas mesmas circunstâncias em que ele. Sob muitos aspectos, é uma lição terrível; sob muitos outros, magnífica. Não conhecemos os limites da capacidade que tem o homem de realizar esforços supremos ou degradar-se voluntariamente, de agonia ou exultação, de brutalidade que traz prazer ou deleite da razão. Mas em nossa época chegamos a saber que os limites da ‘natureza humana’ são assustadoramente amplos. Chegamos a saber que todo individuo vive, de uma geração até a seguinte, numa determinada sociedade; que vive uma biografia e que vive dentro de uma seqüência histórica. E pelo fato de viver, contribui, por menos que seja, para o condicionamento dessa sociedade e para o curso de sua história, ao mesmo tempo em que é condicionado pela sociedade e pelo seu processo histórico.
A imaginação sociológica nos permite compreender a história e a biografia e as relações entre ambas, dentro da sociedade. Essa é sua tarefa e sua promessa. A marca do analista social clássico é o reconhecimento delas [...]” (Mills, 1975, p.11-12).

“Talvez a distinção mais proveitosa usada pela imaginação sociológica seja a entre as ‘perturbações pessoais originadas no meio mais próximo’ e ‘as questões públicas da estrutura social’. Essa distinção é um instrumento essencial da imaginação sociológica e uma característica de todo trabalho clássico na ciência social.” (MILLS, 1975, p.14)

[...] Nessas condições consideremos o desemprego. Quando, numa cidade de cem mil habitantes, somente um homem está desempregado, isso é seu problema pessoal, e para sua solução examinamos adequadamente o caráter do homem, suas habilidades e suas oportunidades imediatas. Mas quando numa nação de 50 milhões de empregados, 15 milhões de homens não encontram trabalho, isso é uma questão pública, e não podemos esperar sua solução dentro da escala de oportunidades abertas às pessoas individualmente. A estrutura mesma das oportunidades entrou em colapso. Tanto a formulação exata do problema como a gama de soluções possíveis exigem que consideremos as instituições econômicas e políticas da sociedade e não apenas a situação pessoal e o caráter de um punhado de indivíduos.” (MILLS, 1975, p.15)
 

 

sábado, 18 de dezembro de 2010

Imaginação Sociológica


Sociologia

SOCIOLOGIA. O estudo de grupos humanos e sociedades, enfatizando especificamente a análise do mundo industrializado. A sociologia é uma das ciências sociais que também inclui a antropologia, a economia, a ciência política e a geografia humana. As divisões existentes entre as diversas ciências sociais não são claras, e todas elas compartilham de um certo conjunto de interesses, conceitos e métodos comuns.

Teoria sociológica durkheimiana - esquema teórico


Fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/durkheim.htm

Funcionalismo

FUNCIONALISMO. Sustenta que a sociedade é um sistema complexo cujas diversas partes trabalham conjuntamente para produzir estabilidade e solidariedade. De acordo com essa abordagem, a disciplina de sociologia deveria investigar a relação das partes da sociedade umas com as outras e com a sociedade como um todo. Podemos analisar as crenças e os costumes religiosos de uma sociedade, por exemplo, mostrando como eles se relacionam com outras instituições dentro da sociedade, pois, as diferentes partes de uma sociedade se desenvolvem em relação íntima umas com as outras.
Estudar a função de uma prática ou instituição social é analisar a contribuição que essa prática ou instituição dá para a continuação da sociedade. Com frequência, os funcionalistas, incluindo Comte e Durkheim, usaram uma analogia orgânica para comparar a operação da sociedade com aquela de um organismo vivo. Eles assinalaram que as partes da sociedade trabalham juntas, da mesma forma que as várias partes do corpo humano, para o benefício da sociedade, como um todo. Para estudar um órgão corporal como o coração, precisamos mostrar como ele se relaciona com outras partes do corpo. Ao bombear sangue através do corpo, o coração desempenha um papel vital na continuação da vida do organismo. De forma semelhante, analisar a função de um item social significa mostrar a parte que ele representa na existência continuada e na saúde de uma sociedade.
O funcionalismo enfatiza a importância do consenso mora para se manter a ordem e a estabilidade na sociedade. O consenso moral existe quando a maioria das pessoas na sociedade compartilha os mesmos valores. Os funcionalistas vêem a ordem e o equilíbrio como o estado normal da sociedade – esse equilíbrio social é baseado na existência de um conselho moral entre os membros da sociedade. Por exemplo, Durkheim acreditava que a religião reafirma a adesão das pessoas a valores sociais essenciais, responsável pela manutenção da coesão social.
[…] Uma crítica comum ao funcionalismo é a de que ele enfatiza desnecessariamente fatores que conduzem à coesão, às custas daqueles que produzem divisão e conflito. O enfoque na estabilidade e na ordem significa divisões ou desigualdades na sociedade – baseadas em fatores como classe, raça e gênero - estão minimizadas. Há igualmente menor ênfase no papel da ação criativa social dentro da sociedade. Tem parecido a muitos críticos que a análise funcional atribui às sociedades qualidades que elas não possuem. Os funcionalistas frequentemente escreveram como se as sociedades tivessem “necessidades” e “propósitos”, ainda que esses conceitos fizessem sentido somente quando aplicados a seres humanos (GIDDENS).

Fordismo

FORDISMO. Sistema cujo pioneiro foi Henry Ford e que envolveu a introdução da linha de montagem com esteira rolante e estabeleceu ligações cruciais entre os métodos de produção em massa e o desenvolvimento dos mercados em massa para as mercadorias produzidas - no caso específico de Ford, o famoso carro Ford Modelo T (GIDDENS).

Etnicidade

ETNICIDADE. Valores e normas culturais que distinguem os membros de um determinado grupo de outros. Um grupo étnico é aquele cujos membros compartilham uma consciência distinta de uma identidade cultural comum, que os separa dos demais grupos à sua volta. Em praticamente todas as sociedades, as diferenças étnicas estão associadas às variações de poder e de riqueza material. Nos casos em que as diferenças étnicas são também consideradas raciais, essas divisões às vezes são especialmente marcantes (GIDDENS).

Estado

ESTADO. Um mecanismo político (instituições governamentais e servidores públicos) que domina um determinado território, cuja autoridade é amparada pela lei e pela capacidade de utilizar a força. Nem todas as sociedades se caracterizam pela existência do Estado. As culturas caçadoras e coletoras e as sociedades agrárias menores não possuem instituições de Estado. O surgimento do Estado marca uma transição distinta na história humana, pois a centralização do poder político envolvido na formação do Estado introduz novas dinâmicas aos processos de mudança social (GIDDENS).

Estado-Nação

ESTADO-NAÇÃO. Um tipo específico de Estado, característico do mundo moderno, no qual um governo tem poder soberano dentro de uma área territorial definida, e a massa da população é formada por cidadãos que estão cientes de serem parte de uma única nação. Os Estados-nações estão intimamente ligados ao avanço do nacionalismo, ainda que as lealdades nacionalistas nem sempre obedeçam às fronteiras de um Estado atual específico. Os Estados-nações evoluíram como parte de um sistema de Estado-Nação emergente, que se originou na Europa, mas que atualmente se estendo por todo o planeta (GIDDENS).

Alienção

ALIENAÇÃO. A noção de que nossas próprias habilidades, enquanto seres humanos, são assumidas por outras entidades. O termo foi originalmente empregado por Marx em referência à projeção dos poderes humanos sobre os deuses. Mais tarde, ele empregou o termo para se referir à perda do controle por parte dos trabalhadores sobre a natureza da tarefa desempenhada e sobre os resultados de seu trabalho. Feuerbach utilizou esse termo em referência à instituição de deuses ou forças divinas distintas dos seres humanos (GIDDENS).

Educando Sociologia

Educando Sociologia

Um novo episódio da série Educando, enfocando a disciplina de Sociologia, foi lançado!



A animação "Desliga e se liga!!!" aborda o cotidiano de uma família frente a televisão. Passam dias frente a mesma programação até que num determinado momento o filho adolescente desliga o aparelho, trazendo para discussão o que estava lendo no livro de Sociologia sobre a Ideologia e a Normatização do cotidiano.



Para assistir ou fazer download desta animação e de outras da série Educando, clique no link  http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/genre.php?genreid=169

Estrutura Social

ESTRUTURA SOCIAL. O conceito de estrutura social é importante na sociologia. Ele se refere ao fato de que os contextos sociais de nossas vidas não consistem apenas em conjuntos aleatórios de eventos ou ações; eles são estruturados ou padronizados de forma distintas. Há regularidades nos modos como nos comportamos e nos relacionamentos que temos uns com os outros. Mas a estrutura social não é como uma estrutura física, como um edifício que existe independente das ações humanas. As sociedades humanas estão sempre em processo de estruturação. Elas são reestruturadas a todo momento pelos próprios "blocos de construção" que as compõem - os seres humanos como você e eu (GIDDENS).